Workshop, Coimbra, 11-Mar-2006

Com a AAC e AveiroSub

Desde que despertou em mim o interesse pelo mergulho técnico, ouvi falar sobre a GUE e o método DIR. Mas até assistir ao workshop da DIR em Coimbra os conceitos e as filosofias desta agência não tinham sido por mim bem assimilados, por falta de pesquisa ou por ideias soltas que se iam ouvindo nos encontros de mergulho. Quando os mergulhadores se referem à GUE é frequente classificá-los como os extremistas da barbatana preta e mangueira de 2 metros que não gostam de computadores. Depois de assistir ao workshop, a minha opinião sobre a GUE mudou bastante, porque o que é definido como extremismo se refere à atitude dentro e fora de água e a configuração tem uma justificação, visando a uniformidade de equipamentos e, em última análise, a segurança de toda a equipa dentro de água. É obvio que, se todos conhecermos o equipamento dos nossos companheiros, numa situação crítica estaremos melhor preparados para responder a uma adversidade.

A iniciativa de criar espaços de debate entre mergulhadores é extremamente positiva. Assim, durante a apresentação da configuração DIR toda a gente pôde colocar questões chegando a haver discussões interessantes e calorosas. No final, ficámos com a sensação que “em certas e determinadas situações” tínhamos adquirido equipamentos que não têm assim tanta utilidade e em alguns casos podem até ser perigosos!!!!

Depois de uma manhã de aprendizagem foi possível confraternizar num agradável almoço, oferecido pela AAC, onde se trocaram ideias e esclareceram dúvidas.

Após mais algumas explicações sobre o equipamento chegou a hora de experimentar a configuração DIR. Foi muito engraçado ver toda a gente de bis às costas a tentar nadar como os sapos e a debater-se contra uma mangueira de dois metros. No meu caso, penso que a adaptação nem foi assim tão má!!!! O backplate com as bis confere uma óptima estabilidade e alivia as costas proporcionando uma posição muito confortável, quanto à mangueira de 2 metros é uma questão de treino.

No fundo, encontrei uma série de regras que visam a segurança e têm de ser adoptadas por quem mergulhar segundo a configuração DIR.
Sendo mergulhador com formação CMAS e TDI a segurança e a atitude são, para mim, as traves mestras para que os mergulhos corram bem.
Penso que todos os mergulhadores deveriam assistir ao workshop para poderem esclarecer algumas dúvidas e formar a sua própria opinião.
Agradeço ao Ricardo Constantino e à organização do workshop a oportunidade que nos proporcionaram e a todos os presentes a continuação de bons mergulhos.

Pedro Olivério Pinto

 

 

































 

 

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