Garrafas

 

Garrafas

Em Portugal e na Europa, a grande maioria das garrafas de mergulho são feitas de aço. Já há alguns anos que apareceram garrafas de alumínio, mas na sua maioria para serem utilizadas como garrafas de descompressão (ou “ponys”). Continua a não ser frequente ver mergulhadores com garrafas de alumínio às costas.

Devem escolher-se as garrafas com a melhor relação peso/volume possível (evitar as garrafas de 300 bar, por colocarem o material sobre um stress maior. Adicionalmente o ganho de gás disponível, não compensa as desvantagens de muito mais peso, mais dificuldade em encher a garrafa, maior preço, e alterações significativas nas características dos gases etc.).

A escolha das garrafas deve ter em conta o tamanho do corpo do mergulhador, o seu consumo, os perfis de mergulho, e os ambientes de mergulho onde vai ser utilizada. Uma má escolha contribui para problemas no controlo de flutuabilidade, e aumenta o risco de danos ambientais, e danos para o mergulhador.

É também necessário adequar as garrafas ao fato, e ao sistema de controlo de flutuabilidade. As garrafas de aço podem criar uma flutuabilidade negativa grande, e causar problemas de descidas descontroladas, sobretudo se usadas com fatos húmidos. Quando se utilizam garrafas de aço dever-se-ia utilizar um fato seco, como medida de controlo de flutuabilidade, no caso de falha no colete.

 

Manípulos

Poucos mergulhadores dão atenção aos manípulos existentes nas suas torneiras. Se assim não fosse, todas as torneiras teriam manípulos de borracha. Estes manípulos são resistentes, absorvem os impactos, não estilhaçam, e são fáceis de rodar.

No entanto, os manípulos de borracha pode rodar inadvertidamente se “esfregados” com o tecto de uma gruta, por exemplo. Para evitar que as torneiras fechem, nesta situação, o mergulhador apenas tem de verificar a abertura das mesmas após qualquer contacto das torneiras com qualquer superfície (uma verificação que deverá ser feita sempre, independentemente do tipo de manípulos usados).

Os manípulos de plástico reduzem ligeiramente a probabilidade da torneira rodar, mas são perigosos porque podem partir após o impacto, deixando o mergulhador sem nada para abrir ou fechar a torneira. Os manípulos de metal não se estilhaçam, e são menos propensos a rodar, após o contacto com um objecto, mas podem dobrar e “morder” o veio da torneira, tornando-se inúteis para o mergulhador.

 

Manifold

Em sistemas de garrafas duplas (bis) usamos o Manifold ou ponte para facilitar a gestão de ar, aumentar o grau de segurança e possibilitar um trabalho em equipa. As pontes juntam o ar de duas garrafas, permitindo ao mergulhador respirar de ambas as garrafas ao mesmo tempo através de um regulador.

As mais modernas permitem colocar dois reguladores redundantes nas garrafas, e fechar o fornecimento de ar a qualquer um dos reguladores, mantendo no entanto o acesso ao gás de ambas as garrafas. Esta ponte com isolador assegura que, no caso de uma falha em um dos reguladores, o mergulhador continua a ter disponível a totalidade do gás das 2 garrafas (a torneira que fornece gás ao regulador com o problema é fechada, e o mergulhador acede ao gás das 2 garrafas através do outro regulador).

Embora seja verdade que uma falha catastrófica possa ser um problema muito grave, esse tipo de falhas são, na verdade, extremamente raras, sobretudo em equipamento que é mantido em condições. As pontes com isolador são a melhor maneira de gerir as reservas de gás durante o mergulho, visto que permitem sempre ao mergulhador aceder às duas garrafas e não requerem nenhum procedimento especial durante o mergulho (ao contrário das garrafas independentes, que exigem que o mergulhador vá respirando alternadamente por ambos os reguladores, de modo a que o gás seja gasto equilibradamente em ambas as garrafas).

É uma má opção trocar a (muito) baixa probabilidade de falha de uma ponte, pela (mais) alta probabilidade de avaria de um 2º andar. A maioria dos mergulhadores usa um isolador na ponte, que permite ao mergulhador interromper a passagem do gás entre as garrafas. Esta válvula permite proteger-mo-nos de perdas de gás no caso de uma falha no o-ring da garrafa. O isolador permite ter mais uma linha de defesa num sistema já de si bastante robusto. Por último, devem evitar-se as novas pontes com 4 torneiras (2 de cada lado), que apesar de pretenderem adicionar mais segurança, introduziram uma complicação desnecessária, e mais potenciais pontos de falha.

As pontes com isolador são uma excelente ideia em teoria, e uma aplicação decente na prática. Desde que os mergulhadores se mantenham atentos às possíveis fraquezas nos isoladores, estes continuam a ser uma excelente adição ao sistema da ponte entre 2 garrafas. É preciso protegermonos contra o facto de as torneiras terem sido inadvertidamente fechadas durante o enchimento, ou durante os exercícios de segurança. É importante termos em conta que um isolador fechado pode causar problemas sérios.

 

 

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